segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Coisas

Pessoas liindas!
Voltei!

Minha cabeça tá cheia de coisa... tô de férias, só curtindo, dormindo bastante, não pensando em nada, lendo alguns livros, tocando violão e o mais importante: comendo MUITO!! rs

Mesmo estando tão feliz, tinha que ter uma certa pessoa pra não me passar em uma matéria né... ai que neervo dela! =s
Mas eu ainda estou calma, as "avaliações complementares" só serão realizadas em março... até lá tenho muito tempo pra rezar por ela! É minha única saída (além de estudar!! rs)

Hoje quando eu levantei, a primeira música que ouvi foi "Tarde Vazia" do Ira, vocês conhecem?
Pois bem, essa música me lembrou tanta coisa... até de uma certa pessoa, que disse que era pra mim parte dessa música, que é assim: "Podia ter / Muitas garotas / Mas você é diferente"

Ai ai.. era isso que eu precisava falar hoje, de resto, tá tudo em ordem!! =)
=*

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Férias

Depois de muuito tempo e por pouco tempo, estou de volta!

Meus lindos! Estou aqui porque estou em falta com vocês neh!?

O semestre (pra mim) finalmente acabou!! Ainda não sei de algumas notas... mas não tem problema, eu cansei! Estou me dando férias agora! E estou voltando pra gloriosa São João da Boa Vista amanhã! =)

Nem acrediito! Tô muuutio feliiz!! =D

Ah, o estresse ainda não passou, mas melhorou muito!

Vou usar as férias pra abstrair totalmente!

Logo, logo eu volto a dar notícias! ;)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Não acaba!

Faz um tempinho já que eu não apareço por aqui neh..

Pronto, voltei! ;)

Eu realmente tô precisando escrever, colocar tudo o que estou sentindo pra fora, porque, tá cada vez mais perto das férias, mas tá cada vez tendo mais coisa pra fazer, entregar, refazer, eu já escrevi, apaguei, rasguei a folha, comecei de novo, vi que estava certo, continuei, recortei, colei, escrevi novamente, chorei, rezei, e finalmente implorei pra que tudo acabe logo! Mas não acaba nunca! Eu acho que, nesse momento, eu nunca quis tanto uma coisa só: FÉRIAS!

Quero que o vento leve essas palavras pra bem longe e a brisa traga as minhas férias, porque essas duas últimas semanas estão passando em rítmo de décadas! É, tá bem demorado mesmo!
Sem contar todas as preocupações, notas, passar ou não em determinada matéria, querer chegar logo na sua cidade, não aguentar mais olhar na cara de determinada pessoa, ou professor.

Eu quero descanso, paz e sossego... é pedir muito!??

Apenas uma última pergunta: férias, você está chegando??

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

.....

Menos uma prova! Finalmente!

Eu continuo extressada, hoje meu extresse aumentou um pouco, fui injustiçada... mas, td bem... Deus vai me compensar mais tarde!! ;)

Minha irmã tá em casa esse final de semana!! Vamos sair, distrair a cabeça, conversar, rir, esquecer das coisas chatas, falar só de coisas boas.... e na segunda-feira, bom, não quero que ela chegue, então vou aproveitar!

Hoje não escrevi muito né... passei só pra dar um Oi mesmo!

=*

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sem Título

Tá, eu sei que eu não deveria estar aqui... deveria estar estudando, comendo, lendo, assistindo tv, ou sei lá, qualquer coisa, mas eu estou aqui, preciso escrever alguma coisa pra vocês, ontem eu não escrevi nada... tava atolada de coisa pra fazer e não consegui nem chegar perto do blog.

Mas agora estou aqui!! =)


Não que eu não esteja mais atolada, ainda tenho provas e seminário, mas quero ficar aqui um pouco, escrever alguma coisa para ser 'levada com o vento'..

Aah, hoje meu dia foi muito bom, proveitoso e vi muita gente bonita também.... é, não sei porque, mas acho que me sinto um pouco mais leve, depois que vejo um "conjunto" de gente bonita! Claro que depende da concepção de beleza que a pessoa tem neh... Mas acho que é isso mesmo, eu fico mais relaxada! rs

Continuo extressada com algumas pessoas, situações e lugares... (essa parte só vai entender quem me conhece pessoalmente!) mas tá quase tudo resolvido.... as férias estão cada dia mais próximas... e quando elas chegarem, me segura, ou melhor, não segura, vou extravasar MUITO!!! rsrs =D

Tá quase anoitecendo e o céu tá com bastante nuvem... as nuvens estão laranjas, isso é tãão lindo! *-*

Queridos e queridas que por acaso estão lendo.... vou ficar por aqui... outro dia eu vos escrevo!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Final de semestre

Final de semestre... todos os universitários estão loucos trás de xerox para estudar para as provas, seminários, resumos, resenhas e eu não sou diferente deles, também sou universitária... posso ser um pouco mais relaxada, mas não deixo de ser mais ou menos igual a eles.
Enquanto todos estão por ai, eu estou aqui, escrevendo...

Queria primeiro explicar o novo nome do blog "Palavras levadas com o vento..." ele pode ser explicado por duas maneiras, a primeira: as palavras são levadas com o vento e somem, se "dissolvem", ou a segunda (que eu acho a melhor), as palavras são levadas com o vento e levam sabedoria, levam vida para onde elas forem.... legal não!?

Agora... bem, agora... eu tenho tanta coisa pra fazer, estudar pra duas provas, tenho um seminário pra apresentar também (lembra do que eu disse lá em cima? é, eu sou universitária!)... mas cá estou eu.... escrevendo baboseiras pra alguém ler! rsrs

Acho que por hoje, ou pelo menos por agora, é isso!

Estou mudando meu blog a cada dia, e queria comentários sobre as mudanças!

Beijos, beijos....

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mudanças

É o seguinte pessoal...
A criação desse blog foi a forma que um professor utilizou para avaliar a Turma de Linguistica da Federal, mas como a matéria era semestral, acabou, passou... e o blog continua aqui... então, para não precisar me desfazer dele, eu resolvi continuar a escrever, mas não mais sobre Linguistica, agora escreverei do que tiver vontade!

Agora que todos sabem que o assunto específico esse blog mudou, também farei mudanças (com o decorrer do tempo) na estrutura do próprio blog, como por exemplo no nome, o estilo, a letra, a cor da letra, a cor do blog.... mas farei tudo isso depois, agora só estou avisando que todas essas mudanças vão acontecer!!

Bom, era isso que todos precisavam saber . . . sugestões?? deixe seu comentário! =)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Gramática do Português Falado.

Volume II: Níveis de analise lingüística
Parte II- Morfologia.
Capítulo 5: Prefixos Negativos do Português Falado (Ieda Maria Alves)

O estudo feito sobre a prefixação analisará os elementos prefixais que possuem como traço semântico a negação e a oposição. São eles: a-, anti-, contra-, dês-, in e sem-, esses morfemas foram estudados segundo os critérios morfológicos, semânticos e sintáticos.
O que é prefixo? É um morfema que é colocado antes do radical da palavra, ou de sua base, que faz com que esta, lhe dê uma idéia acessória. O item léxico da prefixação é considerado uma forma derivada, que deve ser estudada no campo da derivação.
Os morfemas contra-, não- e sem-, nem sempre são reconhecidos como elementos prefixais. No entanto, podem ser considerados prefixos e incluídos entre os processos de derivação, porque constituem morfemas fixos e investigativos, que já estão sólidos na língua, como elementos de formação de palavras.
Para a determinação dos elementos prefixais, não foi levado em conta o caráter diacrônico ou sincrônico, para a introdução desses elementos no português. É considerado prefixo o morfema que o falante entende como um elemento que atribui à base, ou ao radical da palavra, uma idéia a parte, que, recorrentemente, pode atribuir a mesma idéia a outras bases. Assim, o morfema extra-, que faz parte do item léxico extraordinário, é considerado prefixo, pois ele pode se associar a outras bases.
A análise realizada está baseada em nossa competência de falantes nativos do português e nos dados definidos como integrantes do corpus mínimo do Projeto Gramática do Português Falado.

O prefixo a-

É existente em bases adjetivas e em alguns elementos substantivos que são resultados da nominalização dos adjetivos prefixados.
1. Anormal, apolítico, apartidário. (bases adjetivas)
2. Anormalidade, apartidarismo (resultados da nominalização dos elementos, de bases adjetivas.)
Quando é unido a uma base, o prefixo a- nos dá o sentido de: “que não é-”. Com base nos exemplos a cima, podemos verificar que os adjetivos que se juntam a a-, pertencem, a maior parte deles, à classe dos adjetivos ‘classificadores’, e não à dos ‘qualificadores’. Pois quando esses adjetivos classificadores recebem o morfema prefixal a-, apresentam para a frase, ou palavra, certo significado.

Ex.3. crescimento anormal- “Crescimento fora do normal”

O prefixo anti-

Esse prefixo vem antes de bases substantivas (comuns e próprias) , adjetivas, sintagmáticas e acronímcas.
Ex. 4. Antichefe, antiinflamação, antimofo (bases substantivas comuns)
antiCristo, anti-Sarney (bases substantivas próprias).
5. antialérgico, anticonjugal, antigripal,antitelevisivo (bases adjetivas).
6.antigente de cor (base sintagmática).
7.antiCia, antiIbope, antiOnu (bases acronímicas).

O prefixo anti-, possui o significado de “ação contrária a-”.
8. antialérgico “que age contrariamente à alergia.”
Antigripal “que age contrariamente à gripe.”
antiIbope “que age contrariamente ao Ibope.”

Nas formações como anti- com uma base substantiva, podemos observar muitas vezes o fenômeno da mudança de classe, pois o item léxico resultante dessa associação pode exercer uma função adjetiva.
Ex. 9. Material antimofo, loção anticaspa, madeira anticupim, comício antigoverno e manifestação antigrve.

E o fenômeno ao contrário também pode ocorrer, embora seja menos freqüente (a base adjetiva pode funcionar como substantivo):
Ex.10. Mas mesmo assim, ela resolveu tomar dois comprimidos de antigripal.

O prefixo des-

É unida a bases substantivas, adjetivas e, principalmente, verbais.
Ex. 11. desconforto, desorganização, despreparo, despoluição. (bases substantivas)
12. desagradável, desfavoráveis, desnecessárias, desumana. (bases adjetivas).
13. desaparecer, desentender, desocupar, desumanizar. (bases verbais).

O prefixo des-, nós dá o sentido de “ausência de”, “falta de”, pois negam o significado dado pela base que se juntam.
14. desconforto “falta de conforto”
desumana “falta de condições humanas”.

Essa “ausência de” ou “falta de” não são puro e simplesmente um resultado de negação, mas sim, essas unidades derivadas com o prefixo, des- nos mostram certa “perda” quando comparada com o valor semântico da palavra-base.
Quando associado a bases verbais, (que fazem a ação-processo) o des- atribui a eles, novamente, o efeito de “perda”. Assim, o verbo de ação-processo, possui pelo menos, dois argumentos: um agente/causativo e outro afetado/efetuado, ao ser prefixado por des- denota “perda” que dá referência ao significado que a sua respectiva base apresenta.

O prefixo des- pode também, em alguns casos, dar um valor reforçativo:
Por exemplo:
16. desinfeliz “muito infeliz”
Desinquieto “muito inquieto”

O prefixo in-

Como ele possui um significado negativo, o prefixo in-, se apresenta de duas formas: in- e i-, que se manifestam em ordem diferentes.
In- prefixa normalmente as bases adjetivas.
17. incapaz, imortal, impuro.

Às vezes, esse prefixo ocorre antes de bases substantivas e verbais. Mais as formas substantivas e verbais constituem, na verdade, formas providas de bases adjetivas. Assim, do adjetivo imortal, por exemplo, derivam os substantivos: imortalidade e o verbo imortalizar.
Alguns outros exemplos: incapz-> incapacidade e incapacitar.
Impermeável-> impermeabilidade e impermeabilizar.
In- vem antes de bases adjetivas que possuem um variável valor semântico para fazer a negação do significado.

18. Imortal “não mortal”
Impessoal “não pessoal”
Incompleta “não completa”
Ingrata “não grata”

In- se une também a bases adjetivas formadas com o sufixo –vel resultado de verbos transitivos diretos. A tais bases conferem o valor semântico “não-”, ao qual se ajunta ainda um função expressiva:

19. Indiscutível “não discutível”
Indispensável “não dispensável”
Intolerável “não tolerável”
Irresistível “não resistível”

Os provenientes com prefixo in-, envolvem uma negação antonímica, em relação a base, que pode apresentar características não-graduáveis, por exemplo: completa/incompleta, mortal/imortal, real/irreal,e existem também características graduáveis: feliz/infeliz, grato/ingrato.

Os antôninos graduáveis são empregados como contraditórios e não como contrários.

20. Por exemplo: ele é feliz/ ele é infeliz.
Os dois enunciados a cima, não podem ser verdadeiros, como também não podem ser falsos. O mesmo “ele” não pode ser ao mesmo tempo, feliz e infeliz, mas em alguns momentos ele pode ser feliz, e em outros momentos ele pode ser infeliz.

O prefixo não-

O prefixo não- é associado às bases adjetivas, substantivos e a formas participais que exercem função adjetival.

21. não-aéreo, não-didático, não-liberais, não-violento.(bases adjetivas)
22. Não-ajuda, não-cristão, não-deferimento, não-esquecimento, não-realização. (bases adjetivas)
23. Não-dicionarizado, não-escolarizado, não-filiado.(bases participais)

O não- nega o sentido que a base manifesta de maneira imparcial e neutra e implica também uma relação de complementaridade.
24. trecho aéreo/não-aéreo
Profissionais escolarizados/não-escolarizados.
Profissionais liberais/não-liberais.

O não- significa “não tem as características de-”, quando junto com substantivos concretos.
25. não-livro “que não tem as características de livro”
Não-jornal “que não tem as características de jornal”

Os prefixos contra- e sem-

Mesmo sem encontrar exemplos de palavras provenientes com esses morfemas prefixais, estudaremos a seguir, os prefixos contra- e sem-.

O prefixo contra- vem antes de bases substantivas, adjetivas e verbais.
26. contraplano, contra-revolução, contraguerrilha (bases substantivas)
27. contraproducente (base adjetiva)
28. contra-argumentar, contrapropor (bases verbais)

O significado do prefixo contra- é “contrário a”. Mas, dependendo da posição em que estiver, o morfema contra- também nos dá uma marca complementar a sua base.
29. contra-argumentar “apresentar argumento centrário e complementar ao anterior”
Contraplano “plano contrário e complementar ao anterior”
Contra-revolução “revolução contrária e complementar à anterior”


Mas, o contra- pode manifestar também, um significado ativo, como em:
30. contracultura “cultura contra”
Contra música “música contra”.

O prefixo sem- se une a bases de propriedade substantival para formar substantivos (sem-fim, sem-número, sem-terra, sem-teto), os quais podem funcionar como adjetivo (ato sem-nome, homem sem-terra, pessoa sem-vergonha).

Para essas bases, o prefixo sem- possui o significado de “que não tem”.
31. sem-fim “que não tem fim”
Sem-terra “que não tem terra”

Considerações Finais.

Alguns morfemas prefixais estudados, podem fazer ligações com as mesmas bases, mas quando se prefixam a uma base e estabelecerem com ela, uma relação antonímica, cada um dos prefixos estudados, confere um valor diferente semântico ao item léxico originado. Na verdade, não existe concorrência entre os diferentes morfemas prefixais que exprimem a oposição e a negação.
Os itens lexicais originários do prefixo não- mostram, sem nenhuma conotação, a negação, a não existência total do significado expresso pela base.
O prefixo in- chega a dar aos seus derivados, um valor de significação desagradável, o que não ocorre com os prefixos formados com o não-. Os adjetivos formados por prefixo in- + terminação –vel, trazem consigo, um certo exagero, e não é o que acontece com os adjetivos formados pelo prefixo não- + terminação –vel, como mostra o exemplo: intolerável e não-tolerável.
Com relação ao prefixo des-, o não-, nos mostra também, neutralidade, pois o não-, exprime uma simples negação, e o des- significa, antes de qualquer coisa, “ausência”, por motivo de uma “perda”.
Aos outros prefixos analisados, podemos resumir, dizendo que: a- significa “que não é-”, anti- significa “oposição sob forma ativa”, o contra- significa “oposição complementar” e o sem- significa “que não tem-”.
A prefixação de caráter negativo e opositivo tem proporção em muitos casos, para uma economia discursiva. Podemos perceber isso, pois a negação por prefixação reduz as frases, e melhora nosso entendimento. Como no exemplo: “manifestação antigoverno”, a frase sem o prefixo de negação ficaria da seguinte forma: “manifestação contra o governo”.
Feito esse estudo sobre os morfemas prefixais que apresentam traços negativos e opositivos, no português oral, alguns desses morfemas, possuem bastante produtividade e completam a formação de vários itens léxicos, são eles: anti-, des-, in- e não-. Já os prefixos a-, contra- e sem-, possuem a produtividade menor.
Neste trabalho, pudemos constatar alguns elementos prefixais, como, anti-, contra-, des- não- e sem-, podem ser associados a diferentes bases: substantivas, adjetivas, verbais e ect. Já nos prefixos a- e in- são prefixados apenas às bases adjetivas, porque, as outras bases a que eles podem se associar consistem em formas oriundas de bases adjetivas.
Finalmente, podemos ver, com esse trabalho, que o morfema prefixal anti-, des- in- e sem-, provocam alterações no contexto da frase ao se prefixarem a uma base.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Dispersos, capítulo 7.

Questões sobre o capítulo 7, "Considerações sobre o gênero em português" do livro "Dispersos" de Mattoso Câmara

1-) Explique a seguinte afirmação de Mattoso Câmara Junior: “o gênero (...) não coincide necessariamente com a diretriz semântica do sexo, é perturbador e contraproducente tomar essa diretriz como ponto de partida para a descrição da categoria substantiva de gênero” p.149.
Resposta: Mattoso Câmara Junior afirma que o gênero não tem que coincidir necessariamente com a diretriz semântica do sexo, e que não podemos pegar como ponto de partida, essa descrição da categoria substantiva do gênero; diz isso porque a própria noção do sexo fica prejudicada ao ser apresentada desse modo. Ele também diz que é de grande importância semântica, mas se fragmentada, é expressada pela categoria gramatical do gênero. Ex: Homem-mulher/ macho-fêmea -> a cobra macho- a cobra fêmea.


2-)Para Mattoso Câmara Junior o que é o gênero feminino? Dê exemplos que fundamentem a sua resposta.
Resposta: O gênero feminino é um processo de particularização significativa (que está distante de se limitar à especificação das fêmeas no reino animal); é uma particularização mórfico-semântica do masculino, uma oposição privativa, em que uma forma marcada pela desinência de feminino só se afirma em face de uma forma não-marcada (de desinência zero) para o masculino. Ex: lobo- loba.


3-)Mattoso Câmara Junior asserva que “não é a flexão do substantivo, em princípio, a marca básica do seu gênero.” Explique e exemplifique essa afirmação do lingüista brasileiro.
Resposta: O lingüista afirma que “não é a flexão do substantivo, a marca básica de seu gênero”, pois todos os substantivos na língua portuguesa possuem em gênero determinado, dependentemente ou não do contexto. Ex: “o” livro, “o” poeta, “o” dente como gênero exclusivamente masculino e “a” tribo, “a” rosa, “a” ponte são gêneros exclusivamente femininos.


4-)No entendimento de Mattoso Câmara Junior, quais são os dois aspectos básicos para se levar em conta no tratamento morfológico do gênero?
Resposta: Os dois aspectos básicos para se levar em conta o tratamento morfológico do gênero são: em primeiro lugar a explicação do princípio da indicação do gênero: a flexão do artigo, acompanhada, ou não, de uma flexão no substantivo que o artigo determina. E o segundo aspecto: o processo morfológico da flexão, que consiste na junção da partícula (desinência) –a como mudança morfofonêmica, que é preciso depreender a tabular.


5-)Para Mattoso Câmara Junior, o que é importante na descrição gramatical do gênero?
Resposta: É a depreensão do seu princípio diretor, existente na flexão do artigo, e o mecanismo flexional por que se expressa a categoria de gênero em português.

Analise de conversas da internet

Introdução:
Nesse trabalho analisaremos a linguagem de internet no seu uso corrente do dia-a-dia, com seus erros e acertos, com base em referências fonéticas, morfológicas e sintáticas, e os resultados obtidos, vamos comparar com o de Mattoso Câmara, que fez ao analisar 62 crianças entre 11 e 13 anos.

O livro “Dispersos” de Mattoso Câmara Jr, em seu capítulo ‘Erros de escolares como sintomas de tendências lingüísticas no português do Rio de Janeiro’, tem como objetivo, mostrar o estudo que o autor fez em um colégio de alto nível da cidade, as crianças fariam um “Exame de Admissão”, e para poderem treinar, fariam, antes dele, um ditado, uma descrição de uma gravura e questões gramaticais simples. Os resultados do estudo serão mostrados em breve.


Corpus para analise: site da UOL, nas salas de bate-papo de idade de 15 a 20 anos, no dia 25/04/2010, horário, entre 16h50 e 17h10

Fenômenos:
Fonéticos:
-Debilidade do acento tônico quando o vocábulo se acha no interior de um grupo de força;
-Ausência do [a] aberto átono;
-Tendência de anular-se a oposição entre [e] e [i], bem como [o] e [u] em posição pretônica;
-Tendência a nasalar a silaba simples i- ;provavelmente pela analogia dos vocábulos compostos com o prefixo in-;
-Redução sistemática do en- inicial a in- ;
-Tendência a nasalar [i] ou [u] tônicos finais, por mero mecanismo fonético, com o abaixamento da parte posterior extrema do véu palatino;
-Anulação da oposição entre o ditongo [ou] e [o] fechado;
-Tendência a vocalização do [l] velar posvocálico, passo à semivogal [u].

Morfológicos:
-Artificialismo das contrações pronominais do tipo mo;
-Falta de integração na língua coloquial no pretérito mais que perfeito do indicativo em –ra e certa incompreensão do pretérito imperfeito do subjuntivo em –sse.

Sintaxe:
-Tendência a próclise, exceto a partícula se, em função apassivante;
-Tendência a subordinar ao verbo o sujeito posposto, desaparecendo a concordância do verbo com o sujeito, resultando numa impessoalização;
-Tendência a transformar em complemento circunstancial um sujeito que designa lugar, de sorte que o verbo se impessoaliza;
-Emprego do que como conectivo geral, perdendo-se para o pronome relativo, a sua integração na oração que rege, com uma função sintática bem definida.


Discussão dos resultados:
Depois de exprimir o corpus e compará-lo aos fenômenos fonéticos, morfológicos e sintáticos, podemos ter a seguinte visão da língua que circula na internet:
-“non kiser” é uma mudança fonética, pois resume o ‘não’ e modifica o [qu] pra [k].
- “pera i..” é uma mudança fonética, pois o [e] é anulado, e em seu lugar, entra o [i]
- “naum”, mudança fonética, facilidade na hora da fala e da escrita, o [o] foi substituído pelo [um]
- “ondi” é uma mudança fonética, o [e] é anulado, e em seu lugar, entra o [i]
- “ecessiva”, além de um erro gramatical, o indivíduo escreveu conforme a oralidade, excluindo o [x] da palavra
- “garantu”, é uma mudança fonética, pois o [o] é anulado, e no lugar dele entra o [u]
- “ker”, vemos novamente a mudança do [qu] para [k], facilitando assim, a escrita.
- “kd”, forma simplificada de escrever “cadê”, além d ser uma mudança fonética.
- “como vc vai”, forma invertida de dizer: “como vai vc?” mudança sintática


Conclusão:
Depois de ver o trabalho que Mattoso Câmara teve para perceber e anotar os erros das crianças entre 11 e 13 anos, catalogando-os junto aos fenômenos fonéticos, morfológicos e sintáticos, pudemos ver, o quanto é difícil e trabalhoso fazer o que ele fez, mas no final, veremos que os resultados são proveitosos. Ao que vemos hoje, ao entrarmos nas salas de bate-papo de sites que nos disponibilizam tais atitudes, as conversas são muito rápidas, instantâneas, o que exige do internauta, uma digitação rápida, o que o permite, errar, escrever palavras de acordo com a ordem oral, e não de acordo com a norma culta, e a maioria dos erros, como pude observar, é de ordem fonética, o que ressalta o que já foi dito anteriormente.

Referências Bibliográficas:
-Dispersos, J. Mattoso Câmara Jr. Org. Carlos Eduardo Falcão Uchoa

Anexos:
Conversas no bate-papo.

(04:54:36) Beto fala para Amanda: se non kiser conversar
(04:54:39) Beto fala para Amanda: entenderei ^^
(04:55:14) Beto fala para Amanda: pera i.. vou pegar...
(04:56:38) João fala para alfazema: naum
(04:57:49) alfazema fala para João: a ondi vc viu ?
(04:59:14) Beto fala para Amanda: como a indiferença ecessiva entre um casal
(05:00:16) João fala para alfazema: me garantu mais do q vc
(05:02:00) João fala para **Samantha**: vc ker tc ???
(05:03:15) allan fala para Amanda: kd vc?
(05:04:29) lidia_15_ fala para Marcuss: como vc vai?

quarta-feira, 31 de março de 2010

Questões sobre o texto "Retrospectivas e perspectivas da historiografia da linguistica no Brasil"

Questão 1: Levando em consideração aos parâmetros que permeiam os estudos da linguagem, percebemos que a Linguística não é um campo de estudo que tem seu objeto bem delimitado. Por isso, para retornar a historização da Linguística é necessário se valer da história geral de ciências e de outras disciplinas. Tendo isso em vista, pode-se afirmar que as reflexões sobre a linguagem começaram só a partir de Saussure?

Questão 2: Durante alguns séculos, a imprensa missionária colonial Americana acumulou informações sobre a língua espanhola e portuguesa, dentre elas, algumas afinidades e divergências, quais são elas?

Questão 3: Para Mattoso, a herança descritiva colonial-missionária poderia ser descoberta da retrospectiva histórica da Linguística no Brasil, admitindo que o tupi descrito pelos jesuítas era quase artificial. Com base em quais argumentos ele faz essa afirmação? E o que Mattoso quis dizer com: “o missionário linguísta foi catequético tanto quanto o missionário religioso”?

Questão 3.1: Quais as soluções encontradas por Anchieta e Figueiredo, os descritores do Tupinambá, para marcar a diferença das duas séries de clíticos?

Questão 3.2: Qual seria o lugar que a lingüística ocuparia enquanto ciência e o prestígio adquirido por ela hoje se os primeiros linguistas brasileiros tivessem seguido uma linha teórica de forma mais contínua e eficaz ao invés de buscarem as “teorias da moda” no exterior? A lingüística seria uma ciência mais consistente no Brasil ou continuaria inferior a linguística dos EUA e à européia se aqueles pesquisadores atendessem, no momento inicial, as necessidades lingüísticas e histórico-culturais que nosso país tinha?

Questão 4: A primeira tarefa a ser feita quando se objetiva a construção de uma Historiografia é o resgate das formas de conhecimento que já foram produzidas no Brasil, ainda que informalmente, tentando explicar as “formas de linguagem e seus significados”. A autora afirma que a partir dessa linha de pesquisa o Brasil pode ser linguísticamente redescoberto mas será que, após séculos de negação e exclusão do nacional, por uma submissão e observação de ciências, materiais e correntes de pensamento estrangeiro, conseguiríamos registros relevantes e originalmente brasileiros para tal redescoberta?
Diferentes concepções de história da Linguistica.

História Tradicional:
Nos tras a idéia que a história vem dos grandes eventos e esses eventos estão ligados a grandes personagens; tais como: descobrimento do Brasil, Pedro A. Cabral.
Os grandes eventos da Linguistica são: o modo científico de pensar a língua; o Curso de Linguistica Geral; e dois grandes autores, Mottoso Câmara e Eni P. Orlandi.


História das Mentalidades:
É tratada como uma história do sistema de crenças, de valores, de pensamento, trabalha com a idéia que o mundo se organiza a partir de determinados valores, que estão fortemente ligados aquilo que acontece na realidade.
Mentalidade de que o Novo, é melhor que o antigo.
Ela resgata as representações próprias de uma época ou grupo, em sua especificidade, sem recobri-las com categorias anacrônicas, nem medi-las pela aparelhagem mental do séclo XX.

História das Idéias:
Resgata sob as práticas visíveis ou nos discursos consientes, a gramática "oculta" que os justifica.
Defendendo assim, que a mentalidade não é só uma, e que não se pode existir apenas uma, mas sim, um conjunto de idéias.

Historiografia:
Tem como objetivo a própria escrita da história, como, e de que maneira ela foi escrita, referindo-se as suas metodologias e nos seu campo mais específico. Assim como os jesuitas tinham de descrever a língua para aprendê-la, e poderem catequizar os índios.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Aula do dia 09/03/2010 (Linguistica no Brasil)

Antes de começar, teremos uma breve introdução: nesse terceiro semestre do curso de Linguistica, estudaremos Linguistica no Brasil, pois sabemos que a Linguistica não é propriamente brasileira, por isso não é Linguistica do Brasil, e sim no Brasil.

Alguns nomes importantes do desenvolvimento da linguistica no Brasil:
-Thomas Kuhn-> Uma ciência se constitui a partir do momento em que outra ciência coloca em dúvida seus conceitos.
-Antenor Nascente-> Tentou, pela primeira vez construir um mapa linguistico do Brasil, com todas variações existentes na nossa língua.
-Amadeu Amaral-> Construiu um mapa, com o dialeto caipira do interior de São Paulo.

-Crítica textual: trabalha com todo e qualquer documento escrito; podendo observar assim, a mudança na nossa língua no passar do tempo (a evolução da língua ao longo dos séculos.)

Hipóteses:
-O português brasileiro foi constituido a partir da língua dos imigrantes, escravos e índios.
-(ou) O português brasileiro foi constituído a partir do português de portugal.